A perspectiva de segurança futura é a principal motivação de quem cria um fundo de reserva: Empresas e indivíduos que aproveitam momentos de maior faturamento para poupar recursos garantem que, no futuro, terão condições de seguir operando normalmente, mesmo em cenários adversos. Por isso, é indispensável ampliar, cuidar e, depois, assegurar a manutenção da quantia necessária para sustentar a estabilidade da empresa.
A partir do momento em que a saúde financeira do negócio está garantida, torna-se também mais seguro realizar investimentos estratégicos que, inclusive, podem gerar aumento no faturamento (a partir de ganhos em eficiência e melhorias na experiência do cliente, por exemplo). Assim, ampliam-se inclusive as oportunidades de reinvestimento.
Esse seria “o melhor dos mundos”, mas, para alcançar esse patamar, é preciso começar justamente à criação do fundo de reserva. Como dar esse primeiro passo? Confira as dicas abaixo.
1. Analise as despesas atuais e calcule quanto guardar no fundo de reserva
Antes de começar a poupar, é fundamental entender a estrutura de custos da empresa. Primeiro, liste todas as despesas fixas e variáveis da empresa (incluindo aluguel, folha de pagamento, contas de energia, fornecedores, impostos etc). A partir disso, determine o valor mínimo necessário para manter a operação funcionando em caso de emergência. O ideal é ter uma reserva suficiente para cobrir de três a seis meses de despesas fixas. Na sequência, identifique margens para economizar, ajustando gastos não essenciais e redirecionando esses valores para o fundo de reserva.
2. Defina o percentual do faturamento que poderá poupar com regularidade
Criar um fundo de reserva exige constância. Para isso, o ideal é estabelecer um percentual fixo do faturamento a ser poupado regularmente – entre 5% e 10% do faturamento mensal, preferencialmente. Se a empresa ainda não tem margem para poupar, comece com um percentual menor e aumente conforme a situação permitir. A reserva deve ser tratada como uma despesa fixa, ou seja, o valor separado mensalmente deve ser inegociável. Se houver picos de faturamento, aproveite para aumentar os aportes no fundo de reserva.
3. Estude as opções para, ao armazenar recursos, garantir que o fundo de reserva não perderá valor com o tempo
Guardar dinheiro em conta-corrente pode parecer prático, mas expõe a reserva à desvalorização devido à inflação. Por isso, é essencial escolher um local seguro e rentável para armazenar esses recursos.
- CDBs de liquidez diária: Boa opção para acessibilidade e rendimento acima da poupança.
- Fundos DI e Tesouro Selic: Alternativas seguras que acompanham a taxa de juros, mantendo o poder de compra do dinheiro.
- Conta separada no banco: Se a empresa precisar manter o fundo em uma conta bancária, o ideal é que seja uma conta separada da conta operacional, evitando o uso indevido dos recursos.
Evite aplicações de longo prazo e com baixa liquidez, pois o fundo deve estar acessível para emergências.
4. Periodicamente, revise a análise de investimento
Criar um fundo de reserva é um processo contínuo, e não apenas um esforço pontual. Para garantir a eficácia, é importante revisar a estratégia regularmente – avalie se houve mudanças nas despesas da empresa e reveja onde o valor está armazenado, pois podem surgir opções mais vantajosas com o tempo.