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Carteira de dividendos: como montar e garantir uma renda extra

Os brasileiros que se mostram cada vez mais interessados e comprometidos a poupar dinheiro e investir a quantia em produtos financeiros têm como objetivo criar uma renda extra e, consequentemente, construir uma estabilidade financeira. Para apoiar essa jornada, a carteira de dividendos aparece como uma ótima opção.

Como o próprio nome sugere, trata-se de investimentos em renda variável – ações ou fundos imobiliários – de empresas que distribuem uma parcela do lucro para os seus acionistas.

Isso significa que, além dos possíveis rendimentos com a valorização dos papéis, o investidor recebe rendimentos periódicos, que podem ser pagos trimestralmente, semestralmente ou anualmente, a depender da política da empresa.

Chamando a atenção de investidores que procuram por opções de investimento mais estáveis e com menor risco, a carteira de dividendos oferece, ao mesmo tempo, uma possibilidade de aumentar o crescimento do patrimônio a médio e longo prazo.

Mas, como tudo isso funciona na prática? Como montar uma carteira de dividendos segura e rentável? O que fazer com os dividendos pagos? A Adição Contábil preparou esse artigo para responder a essas e outras dúvidas. Você entenderá:

  • O que é uma carteira de dividendos?
  • Tipos de carteiras de dividendos
  • Qual é o perfil do investidor?
  • Como montar uma carteira de dividendos lucrativa?

O que é uma carteira de dividendos?

É um conjunto de investimentos em ações ou fundos imobiliários de empresas maduras, estáveis e consideradas boas pagadoras de dividendos, com histórico comprovado.

Uma boa carteira de dividendos conta com diversificação, ou seja, papéis de diversos setores econômicos, e com rendimentos atrativos – o valor do dividendo pago por ação deve ser vantajoso em relação ao preço da ação.

Entre as principais vantagens em construir uma carteira de dividendos consistente estão uma fonte de renda passiva significativa, a possibilidade de proteger-se da inflação e o crescimento exponencial do capital investido (principalmente se os dividendos forem reinvestidos).

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Tipos de carteiras de dividendos

Existem alguns produtos financeiros que contam com dividendos, mas os principais são as ações e os fundos imobiliários (FIIs). O pagamento regular é uma forma de recompensar os investidores que mantém os valores específicos por um longo período – ao contrário dos traders, por exemplo.

Ações

Negociada pela Bolsa de Valores (B3), a ação representa uma parte de propriedade de uma empresa. Os valores de compra e venda de uma ação variam de acordo com as oscilações de mercado, por isso há riscos envolvidos.

Os ganhos podem ser obtidos através dos dividendos e/ou da valorização das ações.

Por lei, todas as empresas que registram resultado positivo devem pagar dividendos para seus acionistas, mas alguns setores possuem uma maior regularidade nesse sentido. Entre eles estão a mineração, a siderurgia e metalurgia, a agropecuárias e as telecomunicações.

Fundos imobiliários

São investimentos que aplicam recursos em investimentos do setor imobiliário. Ao adquirir “cotas”, os investidores participam dos rendimentos e da valorização do imóvel sem precisar comprá-lo diretamente.

Os FIIs que registram lucro devem, por lei, distribuir 95% do resultado auferido a cada semestre. Por outro lado, assim como ocorre com as ações, os que não possuírem resultados positivos, não pagam nenhum dividendo.

Normalmente, o sucesso ou não de um fundo imobiliário está diretamente relacionado pelas taxas de juros e inflação.

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O perfil do investidor

A carteira de dividendos é indicada, principalmente, para investidores focados em renda e que estão dispostos a esperar um prazo mais longo para ver os resultados.

O perfil pode ser, inclusive, conservador. Afinal, o princípio para receber bons dividendos é investir em empresas mais consolidadas, ou seja, com papéis menos voláteis. Em outras palavras, apesar de se tratar de um investimento em renda variável, o risco é menor.

Além disso, a carteira de dividendos também pode se apresentar como uma ótima opção para os investidores que estão buscando uma maior diversificação. Isso porque permite aplicar em diversos setores distintos.

Como montar uma carteira de dividendos lucrativa?

Ao montar uma carteira de dividendo, é preciso, em primeiro lugar, definir qual o principal objetivo da carteira: ter renda passiva ou crescer o capital.

Para isso, é importante ter em mente que o dividendo pago está diretamente relacionado ao montante investido. Portanto, a depender do valor disponível para investimento, não é possível viver de renda a partir do dividendo. Mas, com o tempo e o hábito de reinvestir os rendimentos, isso pode se tornar possível.

A partir do objetivo definido, é hora de escolher quais ações ou fundos imobiliários investir. Nessa etapa, estudar gráficos históricos para selecionar empresas com pagamento e aumento consistentes de dividendos é essencial. Os resultados devem ser atrativos e sustentáveis, além de fazerem sentido em relação ao preço cobrado pelos papéis.

Durante essa seleção, também é preciso levar em consideração a questão da diversificação. Quanto maior for a variedade de setores e regiões geográficas contempladas entre as empresas escolhidas, melhor. Assim, os riscos são mitigados.

Após a compra das ações e fundos imobiliários, vale lembrar que a estratégia de rentabilização a partir da carteira de dividendos é de médio a longo prazo. Respeite o tempo que for necessário, mas não deixe de monitorar a performance da carteira e os movimentos do mercado.

Caso entenda necessário, revise e reajuste a carteira. Mantenha o foco em empresas sólidas que aumentam constantemente o pagamento de dividendos. E lembre-se: reinvestir os rendimentos e retroalimentar a carteira faz toda a diferença.

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