O número de mulheres empreendedoras no Brasil cresce a cada ano. De acordo com estudo do Sebrae, em 2022, já havia 10,3 milhões de mulheres donas do próprio negócio – o que representa 34,4% de todos os negócios abertos no País.
Muito mais do que mulheres inovando e empreendendo, isso significa uma mudança importante para um mercado que ainda é marcado pela desigualdade de gêneros. Ao ganhar protagonismo, essas mulheres inspiram, tornam-se exemplos e evidenciam o potencial feminino.
Tendo a necessidade como o principal motivo para abrir o próprio negócio, essas mulheres empreendedoras enfrentam diversos desafios, como a escassez de investidores, o alto custo de empréstimos e conciliação do trabalho com a vida pessoal. Mas elas não desistem: outro dado do estudo do Sebrae mostra que 9 a cada 10 empreendedoras seguem tocando suas empresas sozinhas.
Com tamanha persistência, muitas delas acabam por criar verdadeiros impérios. Por isso, no mês que é comemorado o Dia da Mulher (8 de março), data que simboliza a luta das mulheres para ter suas condições equiparadas às dos homens, a Adição Contábil selecionou sete histórias de empreendedorismo feminino que tiveram muito sucesso e inspiram a todos. Confira!
7 histórias de mulheres empreendedoras que inspiram
Luiza Trajano
Apesar de não ter sido a fundadora do Magazine Luiza, Luiza Trajano foi a responsável pela transformação da loja familiar com perfil tradicional para uma gigante do varejo brasileiro.
Foi sob o comando de Luiza Trajano que o Magalu saiu do interior para ganhar o Brasil. Com veia inovadora, ela foi responsável pelo pioneirismo da empresa no ambiente digital, com uma transição precoce para o comércio eletrônico e investimentos em tecnologia e plataformas on-line.
Uma das frases mais marcantes dita por Luiza Trajano é: “Primeiro faça o necessário, depois faça o possível e, de repente, você vai perceber que pode fazer o impossível.” Foi dessa forma que ela levou o Magalu a tornar-se uma empresa com faturamento bilionário.
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Bianca Andrade
A jovem de origem periférica, moradora do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, foi uma das primeiras influenciadoras digitais do Brasil. Criando conteúdo sobre beleza, maquiagem e lifestyle, ela se tornou a Boca Rosa e conquistou milhões de seguidores.
Porém, por dividir opiniões, ela foi “cancelada” na internet algumas vezes e isso fez com que as marcas não quisessem trabalhar com ela. A consequência disso foi a depressão, mas ela não desistiu. Passou a estudar outras influenciadoras polêmicas e trabalhar com estratégia.
“Foi no momento mais vulnerável da minha vida que eu tive coragem de tirar o meu maior sonho do papel: criar a minha própria marca de maquiagem. Já que as marcas não queriam trabalhar comigo, eu teria a oportunidade de, através da minha marca, mostrar a minha inteligência e fazer com que as pessoas me conhecessem também pelo que eu faço, não só pelo que eu falo”, disse ela em uma publicação no Instagram.
Hoje, Bianca Andrade é a influencer preferida das marcas. Sua empresa de maquiagem, a Boca Rosa Beauty, registrou um faturamento de R$ 160 milhões em 2022.
Janete Vaz e Sandra Costa
Bioquímicas, as amigas Janete Vaz e Sandra Costa são as fundadoras dos laboratórios Sabin, que hoje conta com mais de 7 mil colaboradores, 350 unidades e um faturamento de R$ 1,4 bilhão.
No início, elas eram guiadas pelo conhecimento técnico e pelos valores pessoais – como honestidade, compromisso e coragem. O primeiro passo foi tentar entender as principais necessidades dos médicos em relação aos laboratórios de diagnóstico e buscar atendê-las.
Com o passar do tempo e o crescimento do negócio, Janete e Sandra viram a necessidade de estudar gestão para entender mais sobre o próprio negócio. Aplicando o conhecimento, e viram a empresa crescer ainda mais a partir de cultura organizacional e de gestão bem estruturadas.
Zica Assis
Heloísa Assis, mais conhecida como Zica, começou a trabalhar muito cedo. Foi empregada doméstica, faxineira, babá, mas sempre teve um sonho: desenvolver um produto para tratar o seu cabelo crespo e volumoso, sem que fosse necessário alisá-lo.
Depois de fazer um curso de cabelereiro, passou anos testando fórmulas em casa, no próprio cabelo. Após muitos altos e baixos, ela chegou ao produto que tanto sonhava: o super relaxante. Com isso, vendeu tudo o que tinha para abrir um salão de beleza que tinha o propósito de tratar cabelos afros.
O inovador Instituto de Beleza Natural foi um verdadeiro sucesso. Em 2023, Zica foi incluída na lista das 10 Mulheres de negócio mais Poderosas do Brasil, feita pela revista Forbes.
Camila Farani
Conhecida pela sua participação no programa Shark Tank Brasil, Camila Farani é considerada uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina pela Bloomberg Línea, além de ser reconhecida pelo Istoé Dinheiro como Empreendedora do Ano em 2022.
Filha de empreendedora, Camila cresceu nesse ambiente e desde muito jovem já ajudava a família no Tabaco Café. Com apenas 16 anos, conseguiu aumentar as vendas da loja em 28% ao inovar no cardápio e vender café gelado. Mais tarde abriu o seu próprio negócio, um fast food de comida saudável.
Com o sucesso obtido, passou a investir em outras empresas. Atualmente, é sócia-fundadora da G2 Capital, empresa de investimento e apoio ao desenvolvimento de negócios que estão começando. “Meu objetivo é transformar a vida de pessoas através do empreendedorismo e da inovação”, afirma.
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Cristina Junqueira
Co-fundadora do maior banco digital do mundo, o Nubank, Cristina Junqueira foi funcionária contratada de grandes instituições financeiras. Mas, ao receber respostas negativas sobre suas ideias inovadoras, entendeu que era hora de empreender.
Juntou-se a David Vélez e Edward Wible para fundar o Nubank, que ao oferecer experiências e taxas diferenciadas, conquistou muitos clientes rapidamente.
Pela sua ousadia em persistir nas ideias de teve, Cristina tornou-se uma das principais lideranças empresariais do Brasil e conhecida no mundo todo.
Cleusa Maria
A Sodiê é a maior franquia de bolos do Brasil, mas o início da empresa foi marcado por muitos desafios e persistência. Cleusa Maria, fundadora da marca, não concluiu o ensino médio e chegou a trabalhar como cortadora de cana, empregada doméstica e recepcionista.
Ganhando muito pouco e tendo o incentivo do irmão, passou a fazer bolos para vender e assumiu uma jornada dupla de trabalho. A rotina era muito dura, mas ela persistiu até que, dois anos depois, conseguiu abrir a primeira loja da Sodiê. Hoje, a rede tem mais de 340 lojas em todo o Brasil.
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