como investir dinheiro

Como investir dinheiro? Tudo que você precisa saber

O entendimento da importância de juntar dinheiro para estar seguro em emergências ou comprar algo de desejo não é um problema para o brasileiro. A grande questão é que a maior parte das quantias economizadas ficam guardadas em locais escondidos dentro de casa ou na poupança – opção de baixa rentabilidade. Nesse sentido, em um País carente de educação financeira, saber como investir dinheiro da melhor forma é urgente.

A preocupação com esse tema tem aumentado nos últimos anos. A principal bolsa de valores Brasileira, a B3, possui hoje 6,2 milhões de investidores. Em dezembro de 2022 este número era de 5 milhões, ou seja, foi registrado um crescimento de 19,3% em um curto espaço de tempo.

Investimentos tanto em renda variável quanto em renda fixa têm atraído a atenção dos novos entrantes. Só no Tesouro Direto – tipo de investimento que possui o mesmo risco que a poupança, mas entrega o dobro de rentabilidade –, já são mais de 2,1 milhões de CPFs. Boa parte deles é de jovens que entenderam que é possível fazer o próprio dinheiro se multiplicar e ter uma renda extra.

Porém, em um País com mais de 203 milhões de habitantes, sendo 82% deles bancarizados, ou seja, com conta no banco, o alcance do mercado de investimentos ainda é baixo. A falta de conhecimento corrobora para isso, mas, aos poucos, e com a ajuda da tecnologia, os brasileiros estão buscando formas de como investir dinheiro com segurança e boa rentabilidade.

O primeiro passo para isso é conhecer todas as opções de investimento disponíveis, compreender possibilidades e risco, e adquirir a expertise de analisar o funcionamento do mercado. Por isso, neste artigo, a Adição Contábil tratará dos seguintes temas:

  • Como começar a investir dinheiro?
  • Entendendo o seu perfil de investidor
  • Investimentos em renda fixa
  • Investimentos em renda variável

Como começar a investir dinheiro?

As redes sociais estão cheias de influenciadores de investimentos, que dizem como é possível começar investindo pequenas quantias para formar verdadeiras fortunas. Mas, para o investidor iniciante, o ponto principal é ter paciência. Entender que o dinheiro não vai se multiplicar de forma milagrosa da noite para o dia é essencial para a manutenção da consistência – o que realmente faz a diferença nos investimentos.

Há opções de investimentos que combinam com todas as rendas, níveis de conhecimento e perfil de investidor. Para tomar a decisão correta e escolher uma delas, é preciso colocar no papel o orçamento mensal, gastos fixos e objetivos do investimento. Isso significa, planejar o valor que será investido mensalmente sem que o pagamento das contas seja afetado e criar uma estratégia para que o investimento atenda às expectativas.

Os investimentos podem ser de curto prazo, durando cerca de um ano, e com a possibilidade de saque imediato do valor investido. A modalidade é ideal para quantias que representam também a reserva de emergência, ou seja, em caso de imprevisto, o dinheiro estará disponível. Também podem ser investimentos de médio ou longo prazo, que possuem duração de cinco anos ou mais e entregam uma rentabilidade maior, porém o dinheiro não fica disponível imediatamente.

Por isso, além de analisar a própria realidade, o investidor precisa entender algumas “regras do jogo”. São elas:

  • Liquidez: Nada mais é do que a possibilidade de resgatar o dinheiro investido em relação ao tempo. Investimentos de alta liquidez permite o resgate do valor a qualquer momento, sem a necessidade do pagamento de taxas. Por outro lado, a baixa liquidez significa que o acesso à quantia investida será restrito até o vencimento acordado previamente.
  • Carência, vencimento e prazo de resgate: A carência é o período em que a dinheiro investido não poderá ser resgatado; o vencimento é o espaço de tempo que o valor investido pode ser resgatado, mas o ideal é que seja mantido para garantir os investimentos; por fim, o prazo de resgate é o período entre a solicitação do resgate e o recebimento do dinheiro.
  • Risco: É o impacto que um imprevisto pode ter em cima do resultado dos investimentos, ou seja, é a chance de os objetivos não serem alcançados devido à volatilidade do mercado.
  • Diversificação: É a prática de diversificar os investimentos, ou seja, investir o montante em diferentes opções a fim de diminuir os riscos. A lógica é: se perder de um lado porque o investimento A não está indo bem, ganha em outro com a boa fase do investimento B.
  • Contas de investimento: Para realizar alguns tipos de investimento é necessário abrir conta em corretoras autorizadas para tal. Para isso, vale pesquisar sobre a solidez da empresa e as taxas cobradas.

Entendendo o seu perfil de investidor

O perfil de investidor é outro ponto que ajuda a guiar o tipo de investimento que será realizado. Ele é dividido em conservadores, moderados e agressivo, levando em consideração o nível de risco que a pessoa está disposta a correr e o quão paciente ela seria diante de mudanças bruscas nas taxas de rendimento.

As próprias corretoras fazem um quiz para os investidores iniciantes, perguntando as expectativas em relação ao investimento, o prazo que ele terá e qual a segurança esperada para o dinheiro. Por exemplo, você estaria pronto para ver o montante investido diminuir em 10% e esperar o tempo necessário para que gere lucro? Alguém que não esteja pronto para isso, precisa ter mais cautela.

Dessa forma, de acordo com o momento de vida e do perfil de investidor, a carteira de investimento é desenvolvida.

  • Perfil conservador: São investidores que não aceitam riscos altos e optam por opções com alta liquidez. Entre os investimentos mais seguros do mercado estão o tesouro direto, CDB, LCI e LCA.
  • Perfil moderado: Costumam aceitar investir uma parte dos recursos em aplicações mais arriscadas, que prometem uma rentabilidade maior a um prazo mais curto. Entre os investimentos para este perfil estão o mercado de ações, debêntures e os fundos multimercados.
  • Perfil agressivo: Estão dispostos a corres riscos se isso representar a possibilidade de retornos altos. Para isso, entram nos mercados de renda variável, que vão desde produtos de câmbio, fundo imobiliária, ações mais voláteis, até criptomoedas. Nesses casos é importante tomar cuidado para não comprometer demais o patrimônio.

Investimentos em renda fixa

É a modalidade de investimento para quem procura segurança e bons rendimentos. O investidor compra um título público ou privado que, após um determinado prazo, renderá juros e até parcelas de amortização. O ponto principal é que essa rentabilidade é conhecida desde o primeiro momento, o que gera segurança.

Na prática, é como se a pessoa emprestasse dinheiro para uma empresa e ela retornasse com juros. A remuneração varia de acordo com algumas variáveis, como prazo do investimento, empresa e indicadores, como Selic, CDI e TR, que ditam as taxas de juros do mercado e, consequentemente, o que será pago em troca do investimento.

Alguns rendimentos – como os provenientes de CDBs, fundos e debêntures – são tributados no Imposto de Renda, mas seguem uma tabela regressiva de alíquota. Ou seja, quanto maior for o prazo de investimento, menor será a taxa de imposto a ser paga. Outros, como letras de crédito imobiliário, LCI e LCA, são isentos.

Apesar de serem conhecidos como as opções mais seguras, os investimentos em renda fixa também apresentam riscos: a empresa dona do título pode ter problemas com crédito e não pagar os juros, ou a baixa liquidez pode causar dores de cabeças inesperadas. Por outro lado, as vantagens como previsibilidade do retorno e a possibilidade de diversificação da carteira chamam a atenção.

Investimentos em renda variável

Principal opção para quem deseja aumentar os ganhos, a renda variável também possui um risco maior. Uma das principais diferenças entre a renda variável e a fixa é a imprevisibilidade do retorno no momento do investimento. Por exemplo, um título de ação pode rentabilizar bem em um mês ou demorar meses para trazer um bom retorno, tudo vai depender do momento da empresa na bolsa de valores.

Mas a renda variável não se restringe às ações. Outras possibilidades são os fundos imobiliários, os ETFs, o câmbio, os investimentos futuros, os fundos de investimento e até as criptomoedas. Antes de optar por qualquer um deles, é importante entender o momento do mercado para identificar os momentos de baixa – quando a compra deve ser realizada – e os momentos de alta – quando lucra-se com a venda.

Agora você já sabe os principais pontos de como investir dinheiro e conquistar uma renda extra. Busque acompanhar sempre o movimento dos mercados e contar com a ajuda de especialistas.

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